O que dizem nossos sonhos?
Como podemos interpretar as situações e as experiências que vivemos no sono e o que o universo onírico representa a partir de matizes científicos e religiosos
TEXTO LUCIANA VERAS
ILUSTRAÇÕES RAYANA RAYO
04 de Dezembro de 2020
Ilustração Rayana Rayo
[conteúdo na íntegra na impressa e digital | ed. 241 | janeiro 2021]
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“– Mãe, eu absorvi todo o conhecimento do mundo dormindo.
– Como foi isso?
– Sonhando.”
Vicente, 11 anos, dezembro de 2020
“Ninguém que se ocupe de sonhos pode, creio eu, deixar de descobrir que é fato muito comum um sonho dar mostras de conhecimentos e lembranças que o sujeito, em estado de vigília, não está ciente de possuir.”
Sigmund Freud, A interpretação dos sonhos, 1900
“As ilusões estão para a alma como a atmosfera para a Terra. (…) A verdade nos destrói. A vida é um sonho. É o despertar que nos mata. Aquele que de nós rouba os sonhos também nos rouba a vida.”
Virginia Woolf, Orlando – Uma biografia, 1928
Nos seis meses que separam a reunião de pauta em que esta reportagem começou a ser delineada e sua publicação na primeira Continente de 2021, o tema dos sonhos estava em todo lugar, não somente nas conversas virtuais de uma redação apartada do convívio diário (como de resto estavam, muito provavelmente, as equipes de trabalho do planeta inteiro), mas também em projetos que buscavam compilar os devaneios oníricos a transcorrer no isolamento social, em livros e podcasts, nas sessões de análise com o Google Meet a substituir o divã e em filmes que, com sua lente hiperbólica ficcional, ajudavam-nos a ruminar a (hiper) realidade de uma existência ameaçada pela pandemia do novo coronavírus.
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