Curtas

Abril pro Rock 2018

Em sua 26ª edição, festival mantém relação íntima com a cena heavy metal internacional, nacional e pernambucana. A Cepe marca presença com o livro 'PEsado', de Wilfred Gadêlha

TEXTO Revista Continente

27 de Abril de 2018

A pernambucana Matakabra é uma das representantes da nova geração do metal pernambucano

A pernambucana Matakabra é uma das representantes da nova geração do metal pernambucano

Foto Divulgação

Não é de hoje a relação entre o Abril pro Rock e a cena heavy metal. Há mais de 15 anos, por exemplo, o APR dedica uma noite inteira ao som pesado e ao público headbanger, tradicionalmente aos sábados. Desta vez, como na maioria dos últimos anos, a curadoria põe em foco o gênero que dá nome ao festival: nesta sexta (27/4): o punk norte-americano de Richie Ramone e da The Supersuckers divide espaço com o hard rock da cearense Mad Monkees, e o metal também marca presença com a britânica Asomvel. O evento será realizado no Baile Perfumado, no bairro do Prado, no Recife.

Com uma programação mais extensa – o que ressalta também o destaque que a música pesada vem ganhando no festival –, o sábado metaleiro (28/4) conta com um total de 10 bandas, de subgenêros variados. É black, é death, thrash, progressive. Tem banda do mundo, do Brasil e de Pernambuco – uma delas é a Decomposed God, grupo de larga importância para a história da cena heavy pernambucana, bem como Malakabra, de formação mais recente.

Aliás, uma boa fonte para se conhecer mais sobre a história da cena pernambucana, que, mesmo sob dificuldades, ainda se mostra forte e resistente, é o livro PEsado História e consolidação do metal em Pernambuco, do jornalista e músico Wilfred Gadêlha. A recém-lançada segunda edição revisada e ampliada, pela Cepe Editora, será vendida nos dois dias do festival. No local, também estarão à venda edições da Continente.

“O APR é representante maior desses festivais que integram a história da cena. A partir de 2002, a gente começa a ter mesmo bandas de heavy metal de Pernambuco tocando, começa a ter uma noite realmente pesada. É uma vitrine interessante para as bandas locais tocarem no Abril pro Rock, mostrando para novas plateias essas bandas”, enfatiza o autor de PEsado, músico da cena há mais de 30 anos. Com mais de 150 entrevistas realizadas, a pesquisa de Wilfred analisa não só a história, mas as idiossincrasias específicas do heavy pernambucano, atrelado à própria pluralidade cultural e sonora do nosso estado e à influência do movimento Manguebeat.

“É um ambiente de diversidade cultural muito grande, em que a gente é bombardeado pelo Carnaval e São João, manifestações que o metaleiro geralmente não gosta. Bandas como Cangaço, Hate Embrace e Terra Prima, por exemplo, citam Chico Science como uma influência real. Você tem uma banda como Cangaço, que é reconhecida no mundo inteiro e faz uma fusão muito interessante de música regional com heavy metal”, explica Wilfred.

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Clique aqui para conferir a programação completa do Abril pro Rock.

PEsado pode ser adquirido também na loja da Cepe Editora, mesma editora da Continente.

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