Entrevista

"O cinema é minha contribuição para acabar com o racismo"

Após as filmagens de 'Lá no Alto', a diretora Juliana Lima* conversou com a Continente sobre seu novo curta, que aborda a experiência sensível da música do Alto José do Pinho

TEXTO Samanta Lira

28 de Maio de 2019

Foto Daniel Barros/Divulgação

[Conteúdo exclusivo Continente Online]

Chegar ao Alto José do Pinho é testemunhar a energia inefável que o bairro emana. Seja numa experiência mais subjetiva, do sentir, ou em algo tangível. O bairro, localizado na Zona Norte do Recife, carrega desde as raízes – e no próprio nome – a influência da música. Alto José do Pinho vem de uma homenagem a José Melo, antigo morador da comunidade que constituiu fama entre seus conterrâneos por ser um excelente tocador de violão, instrumento que, na época, era popularmente conhecido como "pinho", em referência à madeira, passando a ser chamado de José do Pinho. No mesmo ano em que o Alto passaria à condição de bairro, em 1988, surgia a Devotos do Ódio, banda composta por Cannibal, Neilton e Cello que viria mostrar seu protagonismo na música pernambucana.

Dessa história, que se confunde com a presença da musicalidade e da resistência entre seus moradores, surgem diversas manifestações culturais, agora retratadas (e reunidas) no curta-documentário Lá no Alto, da cineasta Juliana Lima, que se propõe a desenhar esse cenário através dos sons e movimentos que permeiam as suas produções. Ainda em processo de finalização, com previsão de lançamento no fim do ano, o filme, descrito como uma "experiência sensorial", enfrentou – além do período de pesquisa e aproximação com a temática – mais de uma semana de filmagem, que se encerrou no dia 17 de maio. A Continente foi convidada a acompanhar de perto esse último dia de gravação, dedicado a registar o famoso "passinho", que pega carona no bom momento do brega funk.

A equipe de produção do documentário, depois de passar pelas produções culturais mais tradicionais do Alto, procurava por um grupo que pudesse reproduzir a dança e o espírito do que seria esse tipo de manifestação contemporânea, e o lugar que trouxe a resposta foi a Escola Estadual Dona Maria Teresa Corrêa. Ao entrarem em contato com o local, receberam um retorno imediato de seus gestores: eles abraçam o movimento que ganha vida no corpo e na energia de quase todos os alunos da escola. "Vocês só querem 10? Todo mundo aqui dança, pode chamar geral."

Para mim, que pisava no bairro pela primeira vez, a sensação de uma experiência diferente ia além de estar sendo apresentada ao novo, mas de estar em contato com a energia mencionada no início deste texto. O táxi parou no lado oposto à calçada da escola, mas logo avistei o muro bege – típico das escolas públicas – por traz de um grupo numeroso de alunos, anunciando que eu estava no lugar certo. Pedindo licença em meio ao "tumulto", me apressei para atravessar o estreito portão azul de entrada, dando de cara com uma pequena quadra de futebol que servia como cenário da manifestação do "passinho", representada por cerca de 25 meninos e meninas, marjoritariamente negros, coreografando a dança. Além dos que estavam de fora, observando e reproduzindo os passos em sincronia.

Com volumosos cachos e um enorme sorriso, uma adolescente se destacava no meio deles. Ocupando a linha de frente do grupo, ela apresentava toda a malemolência do "passinho", traquejando o jogo de pernas e braços ritmados. A performance era registrada pela equipe de produção do documentário, enquanto um drone sobrevoava a apresentação.

Perguntei por Juliana, e me apontaram uma mulher igualmente negra, que tinha um chapéu "safári" preso às costas e dançava junto à equipe de gravação, totalmente imersa na atmosfera daquele momento. O sorriso carregava uma espontaneidade plena. Juliana Lima é formada em música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e sempre se identificou com a área de comunicação. Do intenso convívio com amigos de cinema, auxiliou na produção de curtas-metragens, o que despertou o desejo de trabalhar com produções maiores e fazer o seu próprio filme.

Começou na produção e codireção do curta-documentário Psiu!, dirigido por Antônio Carrilho. O filme (20 min.) retrata a vida e a obra do compositor José de Souza Dantas Filho – ou Zé Dantas, famoso parceiro de Luiz Gonzaga.

Pouco a pouco, Juliana foi construindo sua experiência com audiovisual, até ingressar num mestrado na UFPE, possibilitando-lhe pesquisar sobre políticas raciais. Durante esse processo, se deparou com um artigo sobre afetividade e solidão da mulher negra, temática que lhe tomou a atenção. Daí, surgiu a oportunidade de realizar Mayra está bem, seu segundo doc. Os oito minutos do filme apresentam narrativas de mulheres que resolveram militar pela sua independência e contra o cotidiano social imposto pelo racismo. Figuras femininas que têm em comum o fato de não possuírem parceiros afetivos fixos e que compartilham depoimentos carregados de sentimentos causados por exclusão e preconceito.

Nesta entrevista, concedida no mesmo dia de nossa visita ao set, Juliana conta como foi o processo de pesquisa e filmagem de Lá no Alto, que teve incentivo do Funcultura Audiovisual e apoio da Cabra Quente Filmes. Para além da parte técnica, ela traz as experiências afetivas presenciadas no bairro e comenta, ainda, sobre racismo, resistência e descolonização do pensamento, assinalando a importância de filmar os moradores do bairro como forma de reconhecimento do valor de sua vasta produção cultural.


A realizadora Juliana Lima ladeada por Daniel Barros (som) e Amanda Nascimento (assistência de direção), da equipe do filme. Foto: Natália Lopes/Divulgação

CONTINENTE Qual a proposta de Lá no Alto? Como se deu o processo de pesquisa e imersão na produção cultural do Alto José do Pinho através da musicalidade?
JULIANA LIMA O argumento desse documentário surgiu, mais ou menos, em 2012, depois que fiz um documentário sobre Zé Dantas. Sou formada em Música e esses temas com música sempre me atraíram muito, de me aproximar, pesquisar... Eu já conhecia Neilton, guitarrista da Devotos, e a habilidade dele com tudo o que fazia sempre me chamava a atenção. Aí, eu parti dele para começar a falar sobre o Alto José do Pinho, sobre essa produção cultural que existe no bairro. Neilton pinta, toca, compõe, tem o AltoVolts, que é um empreendimento dele com tecnologia obsoleta, de fazer amplificadores valvulados. A partir das conversas que vinha tendo com ele, em paralelo ao processo de conseguir aprovar o filme no Funcultura, que durou quase quatro anos, eu fui amadurecendo a ideia e abri esse leque para trabalhar com a produção cultural aqui no Alto José do Pinho. Então, a gente faz essa pesquisa sonora aqui dentro, partindo do que é produzido musicalmente, da sonoridade do bairro, para construir essas imagens. A gente não trabalha com depoimentos. É um filme sensorial. Quero que as pessoas entrem no cinema e saiam dele sabendo o que é o Alto José do Pinho, o que ele produz de cultura. Além do punk rock, do rock n'roll, eles também têm o caboclinho, o maracatu e o "passinho", né? Que a gente não pode ignorar... Esse pensamento vem de algo que eu trago de Paulo Freire, da questão da educomunicação, de ter essa troca. Não posso ignorar um movimento que acontece aqui dentro, com essa potência toda. Por exemplo, a gente viu muito aqui também a presença da música latina, cubana, tocando pelas ruas. Então, assim, é um bairro que respira muito isso, que tem uma energia diferenciada. Não sei se é a localidade, mas ele gera uma energia diferente.

CONTINENTE E como foi a recepção dos moradores?
JULIANA LIMA De acolhimento. Comecei a vir aqui mais ou menos um mês antes de começarem as gravações, para fazer a pesquisa. E, desde o começo, a gente teve uma abertura muito grande para conseguir entrar no bairro. A afeitividade das pessoas, ao nos recepcionarem, foi muito clara. Em momento nenhum, disseram que não queriam participar, ou ficaram questionando a finalidade da nossa presença aqui; pelo contrário, a gente foi muito bem-vindo. As gravações, mesmo, começaram no domingo (12/5), mas, uma semana antes disso, a gente já veio para gravar o Poesis Sonoro, que é um evento que movimenta o bairro, com shows de várias bandas e microfone aberto para os poetas declamarem. É isso que eu quero no filme, a presença da poesia, da música, da afetividade, dessa naturalidade.

CONTINENTE Vocês falam muito da questão da experimentação presente na construção imagética do documentário. Como isso acontece na prática?
JULIANA LIMA Muita coisa a gente gravou na raça. E esse filme traz um pouco da filosofia de Neilton, do uso da tecnologia obsoleta para captar as imagens. Porque Neilton tem isso, ele vê vida útil naquilo que as pessoas não veem mais, o próprio AltoVolts é sobre isso. Inclusive, a gente deu uma câmera para ele também, e ele está captando as imagens com uma "Sonyzinha 12 Megapixels", e tem outras coisas que ele está construindo com uma GoPro, por exemplo. Esse filme tem essas tecnologias. É um experimento. Uma oportunidade de a gente experimentar uma captação de imagens com essas tecnologias. A gente tem a possibilidade de filmar com o celular, mas também tem a câmera que a gente alugou própria para cinema, que fizemos questão de trazer, para dar uma qualidade visual ao filme. Não que não tenha qualidade com as outras câmeras, mas estamos falando de diferentes propostas, perspectivas. Tem isso... É um filme sensorial, em imagem e som, e a gente quer que as pessoas sintam. Tudo o que sentimos aqui, a gente quer transpor pro filme. Essas ruas, esse pôr do sol, esses becos, todo o sentimento de contemplação que a gente tem quando entra aqui.


Fotografia de Safira Moreira com Cannibal, da Devotos. Foto: Divulgação

CONTINENTE A música e o movimento são colocados como os principais vetores na construção da linha narrativa do documentário. Como esses dois pontos são articulados?
JULIANA LIMA A gente partiu dos sons e dos movimentos para apresentar as manifestações culturais do bairro. Há uma grande preocupação, principalmente, com o ambiente sonoro do filme. A captação do som produzido durante a cena, pelo ambiente, nos interessa bastante. A gente pretende mostrar as diversas manifestações culturais e os artistas do bairro através de planos distintos, focando nos movimentos específicos de cada grupo artístico. Foi uma escolha nossa partir da análise das imagens e dos sons captados, que se mostrarem significativos, para tentar extrair os elementos recorrentes e delineadores de movimentos. Vamos experimentar música e movimento como narrativa das imagens, criando cenas coreografadas. Optei por não ter depoimentos porque quero passar uma mensagem através do olhar mesmo, da música. E acho que é possivel fazer isso, contar uma história e ter uma narrativa própria sem precisar de depoimentos, sem precisar escolher pessoas para falar sobre o bairro, que fala por si só. Ele "toca" por si só. Ele já é o "play".

CONTINENTE Quais manifestações culturais foram registradas por vocês?
JULIANA LIMA A gente gravou a rádio comunitária, que é uma coisa muito forte aqui também. Há 10 anos, teve esse movimento de rádio comunitária aqui, que se expandiu para outros bairros... A gente filmou essas manifestações com a proposta de inseri-las, claro, mas como algo mais direcionado. Por exemplo, a gente filmou o maracatu, mas não um grupo inteiro. Filmamos uma única pessoa tocando maracatu dentro da sede, afinando o tambô, porque a gente queria trazer essa produção. Como é que se produz esse som? Como é que se tira o som daquele instrumento? Então ele vai lá, afina, mostra... Os detalhes da afinação, do movimento de como ele faz para afinar, é isso que nos interessa. O som que se produziu também, a gente teve um cuidado na captação, porque acreditamos que, se é um filme que se propõe a falar sobre música, tem que ter esse cuidado. Uma preocupação com esse diálogo entre som e imagem. Então, a gente filmou o maracatu, o caboclinho, a banda Devotos, gravou também um percussionista tocando coco, o "passinho", uma orquestra... Tem um centro cultural que eles dão aula de música pros meninos daqui. Aula de teatro, de expressão corporal, e eles têm também uma orquestra sinfônica, com um repertório de música erudita. E aí foi bem engraçado, porque eles tocaram com toda formalidade de uma orquestra, e quando a gente deu uma pausa para tomar água, do nada, eles se juntaram lá atrás e começaram a dançar e tocar frevo. Aí eu: "Filma isso, pelo amor de Deus" (risos). E o organizador me disse: "Olha, eu trouxe uma partitura, toquei para eles, dei a partitura e eles começaram a tocar em casa, sozinhos. Eles aprenderam a tocar praticamente sós, porque o repertório da gente é outro". Enfim, não deu para abranger todas as manifestações, porque é um curta-metragem, né? Não dá para entrar todo mundo, mas eles vão "entrando" de outras formas.

CONTINENTE Sobre a questão do olhar do cineasta, como você avalia o fato de Lá no Alto ser dirigido por você, uma mulher negra? Qual a importância que isso tem para a forma de abordagem do tema?
JULIANA LIMA Esse filme é fruto de uma mudança no cinema pernambucano e nacional, porque ele vem das políticas afirmativas, que não existiam no Estado. Pernambuco tinha um cinema em que a concentração de verba estava nas mãos de homens héteros de classe média. Eu inscrevi esse projeto cinco vezes para ele poder ser aprovado no Funcultura. E ele só é aprovado porque a gente consegue implementar essas políticas, as cotas dentro do audiovisual, que se estendem também às entidades, que começaram a indicar cineastas negros e negras para a comissão julgadora. E aí, no primeiro ano dessas cotas, a gente consegue aprovar 32% dos projetos dirigidos por cineastas negros e negras, e, no último ano, 47%. Então, assim, é uma mudança na "cara" do cinema, sabe? A partir do momento em que você aprova um filme dirigido por uma mulher negra, a equipe dela é diferenciada. A equipe vai ter uma produtora executiva negra, uma diretora de fotografia negra, o próprio olhar é diferente, que é o que considero mais importante. O que vai ter de diferente ao contar uma história no Alto José do Pinho? É o meu olhar enquanto cineasta negra, é eu poder contar essa história de dentro para fora, de como foi essa revolução aqui dentro do bairro. É um caminho diferente de como foi na história de colonização do país, porque sempre foram as pessoas brancas que contavam a nossa história dentro da perspectiva delas, e hoje a gente pode contar a história da gente, dentro da perspectiva da gente. E o Alto tem essa necessidade de mostrar sua produção cultural, porque as bandas pararam de se formar, por exemplo. Lembro que, na minha adolescência, eu vinha para cá e tinha umas 15 bandas formadas. Hoje em dia, a gente conta três, e com a maior dificuldade de gravá-las, porque eles falam para mim que, toda vez que iam fazer um show no meio da rua, a polícia chegava e impedia. Eles com todas as autorizações, alvará da prefeitura, do governo do estado e tudo, e a polícia simplesmente ignorava aquela papelada toda e acabava com o show. Isso gera a falta de representatividade, isso faz com que as pessoas não se enxerguem mais ali dentro. "Porra, eu não vejo mais banda aqui, por que é que eu vou formar uma banda?" Então, assim, existe um racismo instucionalizado também dentro do bairro, que impede que essa cultura se expanda, continue... É um movimento de resistência muito grande você ter um grupo de caboclinho, um grupo de maracuru, você ter, inclusive, uma cineasta negra contando a história desse lugar.

CONTINENTE Como esse discurso político é estruturado nos seus trabalhos?
JULIANA LIMA Quando um cineasta negro se propõe a fazer um filme, não tem como ele não dar esse recorte racial. Meus filmes sempre vão ter esse olhar. Talvez não diretamente como um tema, mas ele vai estar nas entrelinhas, eu vou dar o meu recado. Essa é a minha contribuição para acabar com o racismo. O cinema é a minha arma. Não tenho como fugir disso. E os meus filmes sempre vão trazer a alegria também. Porque o meu povo é isso. É um povo que sempre sofreu, mas que ninguém nunca conseguiu tirar a alegria dele. Faço questão de falar sobre o cinema negro, não só no sentido de ser produzido por cineastas negros, mas de trazer essas temáticas da negritude. E a representatividade é muito importante nesse contexto. Hoje, tinha um "pirrainha" comigo, João Victor, para cima e para baixo. E ele disse: "Se me perguntarem o que eu sou teu, eu posso dizer que sou assistente?". E eu achei isso muito bonito, e fiz questão de pegar ele pela mão e levar para todo canto. Também fiz questão de dizer que ele tem muito potencial. Esse é um trabalho de formiguinha... Porque quando você está trabalhando com crianças, principalmente crianças negras, tudo o que você fala vai servir para o resto da vida. Eu mesma carrego muita coisa, que eu já trabalhei, mas que me marcaram, falas de professoras minhas que não acreditavam que eu pudesse chegar aonde cheguei. Hoje eu sei o peso de uma fala de incentivo e de uma fala de frustração. Isso acontece muito com a população negra. As pessoas não aceitam aquele teu lugar, que você pode ser uma cineasta, que você pode ser uma líder, uma chefe de equipe... E eu estou aqui para mudar essa realidade.


Safira, Bia Rodrigues e Juliana.
Foto: Amanda Nascimento/Divulgação


CONTINENTE Ao idealizar Lá no Alto, qual foi a sua expectativa de recepção do público?
JULIANA LIMA Não tenho expectativa nenhuma quanto a isso, estou muito mais preocupada com eles do bairro, em se verem, do que se algum crítico vai me chamar para algum festival. Eu não tenho expectativa do que as pessoas vão achar do filme. É claro que eu quero que ele seja exibido no Cinema São Luiz, mas com o pessoal do bairro assistindo. O mais importante é que eles se vejam, que eles fiquem felizes com o resultado. Quero ver o sorriso no rosto deles, como eles colocaram no meu durante todo esse contato. Para mim, não tem sentido eu fazer um filme no Alto José do Pinho e não mostar para eles. "Ah, eu vou guardar o filme para levar para Roterdã." Não, primeiro quem vai ver é o povo do Alto, e depois a gente manda para onde tiver que mandar.

CONTINENTE Você gostaria de acrescentar alguma coisa?
JULIANA LIMA Para mim, ter um cinema dirigido por mulheres negras é o maior avanço que a gente pode ter dentro de uma política cultural. Então, vamos aguardar o que vai vir dessas cineastas, o que elas vão trazer, quais histórias vão contar. Porque a gente está cansado de assistir filme sobre depressão de homem branco. Cansamos! A gente quer ver outras coisas. É um processo de descolonização do cinema. Vamos assistir filmes feitos por pessoas negras, ler livros escritos por pessoas negras. Além de descolonizar o cinema, é descolonizar o pensamento, né? Temos que saber que existem essas pessoas, que elas estão produzindo, e que vão trazer uma nova perspectiva dentro do audiovisual.

SAMANTA LIRA é estudante de jornalismo da Unicap e estagiária da Continente

*A diretora, que também assina o roteiro, trabalhou ao lado de Stella Zimmermann (produção executiva), Amanda Nascimento (assistência de direção, direção de produção e assessoria de imprensa), Alba Azevedo (produção de SET/Controller), Safira Moreira (direção de fotografia), Bia Rodrigues (assistente de fotografia e logger), Daniel Barros (som direto), Natália Lopes (pesquisa), Daniel Vergolino (motorista) e Gaúcho AeroREC (operação de drone).

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