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[Filme] Câmara de espelhos

Descortinando o machismo nosso de cada dia, documentário da cineasta pernambucana Déa Ferraz está em cartaz em diversas capitais do Brasil

TEXTO Revista Continente

01 de Dezembro de 2018

No filme, homens reagem às peças publicitárias e midiáticas com representações do corpo feminino

No filme, homens reagem às peças publicitárias e midiáticas com representações do corpo feminino

Foto Divulgação

Para o seu longa-metragem, em cartaz em diversas capitais brasileiras a partir da primeira semana de dezembro, a realizadora pernambucana Déa Ferraz armou a estrutura que lhe serviu de título: uma sala fechada em que dois grupos de sete homens assistem a imagens publicitárias, cenas de novelas, trechos de telejornais com representações da mulher e/ou do corpo feminino, e depois falam sobre o que viram. Um detalhe crucial para Câmara de espelhos é que todos aqueles personagens estão lá por terem respondido a um anúncio publicado em jornal. Ou seja, o processo todo, desde o início, é explicitado; com a exposição das engrenagens do fazer cinematográfico, o olhar incisivo sobre o machismo nosso de cada dia fica ainda mais potente e alarmante. Filmado em 2013 e lançado no Festival de Brasília de 2016, este documentário é uma reflexão brutal sobre a misoginia naturalizada e arraigada no pensamento do “cordial” homem brasileiro.

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