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"Ópera do Claustro" vai do lirismo ao terror

Obras de Armando Lôbo e Victor Luiz serão apresentadas simultaneamente em curta temporada, de sexta-feira (7) a domingo (9), no Teatro Hermilo Borba Filho

04 de Fevereiro de 2025

Armando Lôbo e Victor Luiz executarão suas óperas autorais simultaneamente

Armando Lôbo e Victor Luiz executarão suas óperas autorais simultaneamente

Foto Victor Luiz/Divulgação

Uma ópera que combina Franz Kafka, Guillaume Apollinaire, Andrei Tarkovski, Joseph Beuys, Pitágoras, Ovídio, Santa Teresa d’Ávila, Nelson Rodrigues, Miró da Muribeca, pós-serialismo, minimalismo e música brasileira, a Ópera do Claustro é uma obra realizada por dois artistas e mistura o trabalho autoral e contrastante de cada um deles: Artista da Fome, de Armando Lôbo, e Desachados e Perdidos, de Victor Luiz. Elas serão executadas simultaneamente, em curta temporada de estreia, de sexta-feira (7) a domingo (9), no Teatro Hermilo Borba Filho.

O cenário é assinado por Marcelo Coutinho, premiado artista paraibano radicado no Recife. Alguns espectadores serão convidados a assistir ao espetáculo dentro da cena, como participantes da mesma. A instalação foi concebida tendo as imagens de “jaula” e “ônibus” como signos do conceito “claustro”. A disposição espacial e supratemporal da “instalação” contradiz o tempo narrativo/cronológico da(s) ópera(s), configurando uma espécie de mundo paralelo, com leis próprias.

Pleno de referências literárias e filosóficas, o espetáculo tem coordenação geral, libreto e música de Armando Lôbo e Victor Luiz, e contará com a participação de cantores e músicos pernambucanos.

AS DUAS ÓPERAS
Artista da Fome (Armando Lôbo) é baseada em conto de Franz Kafka e amplifica os anseios imateriais do artista. A ópera põe em cena o espetáculo grotesco de uma artista esquálida que, dentro de uma jaula, expõe seu jejum ao público durante muitos dias. A exibição é organizada por um empresário amoral, que fiscaliza a jejuadora, assegurando a todos que a moça não está ingerindo nada, a não ser água em um minúsculo copo de barro.

Desachados e Perdidos (Victor Luiz) é uma ópera de caráter ao mesmo tempo social e mágico. Reflete poeticamente sobre o tempo desperdiçado devido à precariedade do transporte público no Brasil. O enredo soma canções de lamento por subjetividades contrastantes, incluindo o próprio ônibus como personagem/sujeito.

Veja o teaser da Ópera do Claustro:

Ficha Técnica:
Wanessa Mouta (atriz) / Karla Karolla (soprano) / Anastácia Rodrigues (mezzo-soprano)
Elias Marques (tenor) / Luiz Kleber Queiroz (barítono)
Participação do Ensemble Iludens: Gueber Santos (clarinete) / Augusto França (trompete) / Pedro Huff (violoncelo) / Daniel Félix (teclados) / Hugo Medeiros (percussão)
Regência: Nilson Galvão
Coordenação Geral, Libreto e Música: Armando Lôbo (Artista da Fome) e Victor Luiz (Desachados e Perdidos)
Direção Cênica: Armando Lôbo
Direção de Arte e Cenário: Marcelo Coutinho
Direção de Produção: Manassés Bispo
Produção Executiva: Arara(s) Cultura | Arte
Preparação Corporal: Taciana Gomes
Assessoria de Imprensa: Cezanne Comunicação
Programação visual: Bernardo Toscano e Victor Luiz
Filmagem e Fotografia: Darlyson Bispo
Iluminação: João Guilherme
Sonorização: Prisma Áudio

SERVIÇO
Ópera do Claustro
Onde: Teatro Hermilo Borba Filho (Cais do Apolo, 142, Bairro do Recife)
Quando: De sexta-feira (7) a domingo (9), às 20h (7 e 8), 17h e 20h (9)
Quanto: Ingresso gratuito
Duração: 70 minutos
*obrigatória a retirada de senha 1h antes na bilheteria do teatro.

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